Avaliação Clínica Periodontal e Perfil Microbiológico do Biofilme Subgengival em Mulheres Portadoras de Câncer de Mama
Nome: Vivian Rodrigues Bernhard
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 18/12/2015
Orientador:
Nome | Papel |
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Alfredo Carlos Rodrigues Feitosa | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Alfredo Carlos Rodrigues Feitosa | Orientador |
Ana Paula Ferreira Nunes | Examinador Interno |
Fabio Matos Chiarelli | Examinador Externo |
Resumo: O entendimento da cavidade oral como uma fonte de infecção focal à
distância tem sido discutido há décadas. Neste contexto, muitos estudos consideram a doença periodontal como um fator de risco em potencial associada às doenças sistêmicas, tais como, parto prematuro e baixo peso ao nascimento, doença pulmonar, diabetes, aterosclerose e problemas cardiovasculares. Além disso, uma relação entre doença periodontal e câncer mostra que indivíduos jovens com lesões periodontais e com perda dos dentes molares possuem maior risco para morte prematura de doenças fatais, tais como, neoplasias malignas e doenças cardiovasculares. Por sua vez, outros estudos sugerem associação da periodontite com câncer de mama, próstata, pâncreas, pulmão, câncer do trato digestivo como um todo, câncer coloretal, bexiga, próstata e colo uterino. OBJETIVO: Avaliar a condição clínica periodontal e microbiológica do biofilme subgengival em mulheres com câncer de mama assistidas no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Morais (HUCAM) no Espírito Santo. METODOLOGIA: Estudo transversal com
participação de 44 mulheres voluntárias com câncer de mama portadoras de doença periodontal. Parâmetros clínicos periodontais e 144 amostras de biofilme subgengival foram submetidas à extração do DNA por meio da técnica de hibridização Checkerboard DNA-DNA. A análise estatística caracterizou-se por meio da frequência observada, porcentagem, média, mediana e desvio padrão, além de estatísticas de testes adotando-se o nível de significância de 5%. RESULTADOS:
Bolsas periodontais de 4,0mm a 5,0mm apresentaram frequência de 59%; o nível clínico de inserção para bolsas ≥6,0mm alcançou 71,8%; o sangramento à sondagem atingiu média de 27,6%; e a média de índice de placa visível foi de 45,7%. A bactéria Tannerella forsythia (62,7%) mostrou significância para bolsas moderada (p<0,01) e nível clínico de inserção (p=0,440), enquanto a bactéria Parvimonas micra (62,8%) apresentou significância para bolsas profundas (p<0,01) e nível clínico de inserção (p<0,001). As bactérias do complexo amarelo, Streptococcus oralis, S. intermedius e S. gordonii apresentaram significância para bolsas profundas e nível clínico de inserção ≥6,0mm. CONCLUSÃO: Alguns estudos mostram a relação entre a carga bacteriana e o desenvolvimento e progressão do câncer, sendo justificável o controle do biofilme oral a fim de reduzir a 8 carga microbiana da boca para combater o desenvolvimento carcinogênico. Apesar do papel das bactérias periodontopatogênicas na etiopatogênese da lesão de câncer de mama ainda não estar esclarecida na literatura, mais estudos clínicos randomizados controlados são necessários para determinar se existe qualquer elemento causal na associação da doença periodontal e câncer de mama.