Análise do Perfil do Colágeno Tipo 1 em Carcinoma de Células Escamosas Orais e Suas Lesões Precursoras
Nome: Renata Escapini Fanchiotti Brandão Amorim
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 09/03/2017
Orientador:
Nome | Papel |
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Leticia Nogueira da Gama de Souza | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Danielle Resende Camisasca Barroso | Examinador Interno |
Leticia Nogueira da Gama de Souza | Orientador |
Liliana Aparecida Pimenta de Barros | Coorientador |
Marcos da Silva Pacheco | Examinador Externo |
Resumo: O carcinoma de células escamosas (CCE) é considerado o câncer de boca mais comum, e ainda hoje está associado a altos índices de mortalidade. Além da avaliação dos aspectos clínicos, é fundamental a realização de uma análise mais acurada do perfil molecular para melhor compreensão do seu comportamento biológico. O colágeno tipo I é um dos principais componentes da matriz extracelular (MEC) e vem sendo associado com o processo de tumorigênese por participar de eventos como angiogênese e metástase. O presente estudo realizou análise imunohistoquímica do perfil do colágeno tipo I em lesões diagnosticadas pelo Serviço de Anatomia Patológica Bucal do Curso de Odontologia/UFES. Os grupos avaliados foram: 10 casos de lesões de baixo risco; 10 casos de alto risco de malignização e 30 casos de CCE. Ainda, foram estabelecidas possíveis associações entre as marcações e o perfil clínico do paciente e do tumor. Nossos achados mostraram que homens foram os mais acometidos nas lesões de alto risco (60%) e CCE (86,6%), enquanto mulheres representaram maioria nas lesões de baixo risco (80%). Em relação aos sítios afetados, a mucosa jugal foi o mais frequente nas lesões de baixo risco (50%), e a língua para as lesões de alto risco (60%) e CCE (43,3%). Quanto ao perfil do colágeno tipo I, em CCE as fibras foram na maioria moderadamente irregulares (++) e coloração forte. Em lesões de baixo risco, a maioria dos casos apresentou expressão entre fraco e moderado, já as de alto risco, as fibras ficaram entre o moderado e forte. Quando realizada associação dos achados clínicos com os microscópicos, foi possível observar que pacientes fumantes com CCE, o padrão das fibras foi irregular (P=0.04) e coloração forte (P=0.02) em comparação aos pacientes também fumantes, mas com diagnóstico de lesões de baixo ou alto risco. Nossos achados sugerem possíveis associações entre aspectos clínicos e microscópicos quanto ao padrão de deposição de colágeno tipo I durante as alterações que ocorrem na mucosa oral no processo de transformação maligna