Avaliação do Impacto de Problemas Bucais na Qualidade De
vida de Técnicos e Enfermeiros Hospitalares
Nome: JÚLIA SARAIVA DE ALMEIDA BARBOSA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 13/12/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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ELIZABETH PIMENTEL ROSETTI | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ELIZABETH PIMENTEL ROSETTI | Orientador |
LILIANA APARECIDA PIMENTA DE BARROS | Examinador Interno |
LUDMILLA AWAD BARCELLOS | Examinador Externo |
Resumo: Objetivo: avaliar o impacto de problemas bucais na qualidade de vida de
técnicos e enfermeiros hospitalares e sua associação com variáveis
sociodemográficas e estresse. Métodos: Estudo transversal com amostra
aleatória de 111 enfermeiros e técnicos de enfermagem de um hospital
universitário. Foram aplicados três questionários: Oral Health Impact Profile
(OHIP-14), questionário sociodemográfico e Escala Bianchi de Stress. O teste
exato de Fischer (p<0,05) constatou associações entre cada variável
independente e as dimensões do OHIP-14. Para verificar a força dessa
associação, entre evento e exposição, foi calculado o Odds-ratio (OR). Para
conhecer a associação entre todas as dimensões combinadas do OHIP-14
(escore total), com as variáveis independentes utilizou-se o método de MantelHaenzsel, por meio do OR combinado. Resultados: A prevalência do impacto de problemas bucais na qualidade de vida foi de 51,4%. As dimensões de maior impacto de problemas bucais foram dor física (37,8%) e desconforto psicológico (35,1%), seguidos da incapacidade física (27,9%), incapacidade psicológica (26,1%), deficiência (18,9%), limitação funcional (15,3%) e incapacidade social (11,7%). Foi observado maior frequência de impacto de saúde bucal na qualidade de vida em indivíduos acima de 50 anos (OR= 5,769, IC95%= 1,806;18,431), solteiros, viúvos e divorciados (OR= 2,396, IC95%= 1,075;5,340), indivíduos com até 12 anos de estudo (OR= 2,766, IC95%= 1,159;6,597), técnicos de enfermagem (OR= 4,073, IC95%= 1,827;9,077) e indivíduos com até 5 salários-mínimos (OR= 2,353, IC95%= 1,080;5,127). Na relação entre estresse e o impacto de saúde bucal houve significância estatística nas dimensões deficiência (p=0,021), incapacidade social (p=0,022) e incapacidade psicológica (p=0,045). Conclusão: As condições de saúde bucal impactam na qualidade de vida da equipe de enfermagem hospitalar. Os técnicos em enfermagem apresentaram maior impacto em todas as dimensões que podem ser influenciadas por fatores como idade, estado civil, anos de estudo, renda salarial e estresse.