PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À COLONIZAÇÃO POR CANDIDA SPP. EM LESÕES DA MUCOSA BUCAL
Nome: MARIANA PIRES FELETTI
Data de publicação: 12/03/2024
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| ANALY SALLES DE AZEVEDO MELLO | Examinador Externo |
| DANIELLE RESENDE CAMISASCA BARROSO | Examinador Interno |
| TANIA REGINA GRAO VELLOSO | Presidente |
Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de Candida spp. em lesões que afetam a mucosa bucal, avaliar a distribuição de espécies de Candida presentes e analisar os fatores associados. Foi conduzido um estudo transversal
seccional, no qual pacientes com lesões na mucosa bucal foram submetidos à coleta com swab para investigação de Candida spp. A primeira coleta foi realizada na área da lesão, e uma segunda na região da mucosa sem lesão aparente. As amostras dos pacientes foram semeadas em CHROMagar Candida™ , e a contagem das unidades formadoras de colônias foi realizada para determinar a carga fúngica. Testes bioquímicos, morfológico e espectrometria de massas foram conduzidos para a identificação das espécies, seguidos por testes de sensibilidade in vitro aos antifúngicos (TSA). Os dados coletados indicaram uma prevalência de 40% de Candida spp. associadas às lesões bucais em oitenta pacientes avaliados. Entre as
espécies mais comumente encontradas, destacaram-se C. albicans (62,5%), C. glabrata (10,5%), C. Parapsilosis (7,5%), e C. tropicalis (7,5%). Observou-se que a presença da lesão foi um fator que influenciou na ocorrência de Candida spp., com
uma maior ocorrência deste microrganismo em áreas da mucosa alterada. Além disso, Candida spp. foi mais prevalente em pacientes idosos, do sexo feminino e diabéticos. Não foi identificada uma associação entre Candida spp. e lesões na mucosa bucal com hipossalivação, histórico de tabagismo e etilismo. Das 37 amostras submetidas ao teste de sensibilidade a antifúngicos, todas caracterizam um perfil de resistência CIMs elevados para nistatina. Com base nos dados deste estudo, conclui-se que as lesões na mucosa bucal representam um fator de risco para a colonização por Candida spp.
Embora a maioria das espécies identificadas seja de C. albicans, espécies não-albicans foram isoladas na cavidade bucal dos pacientes, com destaque para C. parapsilosis. A compreensão da relação entre as espécies e as lesões na mucosa bucal é crucial para um manejo clínico mais seguro e eficaz do paciente.
