INFLUÊNCIA DE AJUSTES DE IMAGEM NA DISTORÇÃO DE IMPLANTES E NA MENSURAÇÃO TOMOGRÁFICA DA ESPESSURA ÓSSEA VESTIBULAR A IMPLANTES DENTÁRIOS
Nome: HUGO NOGUEIRA MELLO
Data de publicação: 26/01/2024
Banca:
Nome | Papel |
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ANDRÉ FERREIRA LEITE | Examinador Externo |
DANIELA NASCIMENTO SILVA | Examinador Interno |
SERGIO LINS DE AZEVEDO VAZ | Presidente |
Resumo: Atualmente, os implantes dentários estão entre as melhores opções de tratamento
utilizadas para substituir dentes perdidos, pois restauram estética, função e
autoestima dos pacientes. Embora a tomografia computadorizada de feixe cônico
(TCFC) seja, atualmente, a técnica tridimensional de escolha para a avaliação óssea
peri-implantar vestibular, esse exame também tem suas deficiências e limitações.
Quando um implante que está posicionado nas proximidades da parede óssea
vestibular é avaliado em imagens de TCFC, a espessura da tábua óssea vestibular é
de difícil mensuração por causa de artefatos relacionados ao implante, como
Dispersão, Blooming e o Efeito de Volume Parcial. Assim, a acurácia dimensional de
algumas estruturas pode ser comprometida, mitigando o diagnóstico final e o plano de
tratamento a ser proposto. O objetivo neste trabalho foi avaliar se ajustes de filtro e
contraste podem melhorar a precisão da TCFC para mensurar a tábua óssea
vestibular adjacente a implantes osseointegrados, por meio da redução da expressão
do blooming. Para isso, foram utilizados blocos de osso homógeno com implantes
instalados em diferentes distâncias da parede óssea vestibular (0,3 mm, 0,5 mm e 1
mm). Três cirurgiões-dentistas avaliaram independentemente 288 imagens,
mensurando a espessura da tábua óssea vestibular e o diâmetro dos implantes,
mantendo o filtro ‘Sharpen’ ativado e desativado, além de 3 diferentes ajustes de
contraste. As medidas tomográficas foram subtraídas das medidas reais e as
diferenças foram submetidas a ANOVA para medidas repetidas com nível de
significância em 5%. No grupo com menor espessura (0.3 mm), os resultados
indicaram uma menor média (0.002) e um menor desvio padrão (0.242) para o fator
espessura real. Por outro lado, o grupo 0,5 mm apresentou uma superestimação das
medidas tomográficas (média = 0.242 ± 0.451). Para o fator diâmetro do implante, o
ajuste de maior contraste obteve as medidas tomográficas mais próximas das
medidas reais (CF: média 0.037 ± 0.090; SF: 0.105 ± 0.088). Já as mensurações
ósseas e do diâmetro do implante não sofreram influência do uso do filtro (p>0,05).
Conclui-se que o uso de filtros não reduziu a distorção de implantes, nem influenciou
na precisão da mensuração tomográfica da tábua óssea vestibular. Embora o ajuste
de contraste tenha reduzido a distorção dos implantes, não influenciou na mensuração
da tábua óssea vestibular.