ASSOCIAÇÃO ENTRE O TRAUMA DENTÁRIO E A REABSORÇÃO CERVICAL INVASIVA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Nome: EVELIN SCARABELLI MINCHIO
Data de publicação: 05/12/2023
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| FRANCISCO CARLOS RIBEIRO | Examinador Interno |
| KLEBER BORGO KILL | Examinador Externo |
| THIAGO FARIAS ROCHA LIMA | Presidente |
Resumo: A reabsorção cervical invasiva (RCI) é uma patologia inflamatória ainda muito incompreendida que envolve dentina, periodonto e pode ou não envolver a polpa. O mecanismo biológico associado a ocorrência da RCI está diretamente relacionado a integridade do cemento, que fornece proteção radicular. Essa inicia quando esse tecido sofre algum dano ou possui alguma deficiência, o que gera exposição da raiz as células clásticas, que iniciam a reabsorção radicular. Muitas podem ser as causas que provocam esses defeitos cementários, assim como múltiplos fatores podem estar
associados. Entre os principais fatores predisponentes, destaca-se o Trauma Dental. O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar a relação entre a reabsorção cervical invasiva e os principais fatores predisponentes, com ênfase no trauma dental como agente único ou associado. As buscas foram realizadas nas bases PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, LILACS, Scielo e Google Scholar. Foram incluídos estudos clínicos observacionais cuja a amostra fosse composta por pacientes acometidos pela reabsorção cervical invasiva, sem restrição quanto a data de publicação ou língua. O
instrumento de avaliação de qualidade metodológica utilizado para avaliar os estudos incluídos foi Joanna Briggs Institutute Critical Appraisal Checklist for Systematic Reviews and Research. Foram encontrados 6.484 artigos, sendo que quatro foram
incluídos na análise qualitativa. Em todos os estudos, o Trauma Dental foi considerado um fator etiológico relevante para a ocorrência da reabsorção cervical invasiva, com uma prevalência que variou entre 27-33%, sendo avaliado como fator etiológico único ou associado a outros fatores. O risco de viés desses estudos foi considerado de baixa
confiabilidade, uma vez que 2 artigos foram avaliados com alto risco de viés (37.5% e 50%) e outros dois com moderado risco de viés (ambos 62,5%). Embora os estudos apresentados tenham sustentado a relação entre o trauma dental e o desenvolvimento da reabsorção cervical invasiva, a literatura a respeito do tema é escassa e as pesquisas avaliadas apresentam elevado risco de viés. Destaca-se a necessidade de novos estudos a respeito do tema para que se possa estabelecer essa relação com maior confiabilidade.
