EFEITO DA FOTOBIOMODULAÇÃO NA PERIODONTITE EXPERIMENTAL DE CAMUNDONGOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS APOE KNOCKOUT

Nome: ISADORA MARTINS RIBEIRO

Data de publicação: 21/08/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DANIELA NASCIMENTO SILVA Presidente
MARCELA PORTO TAVARES Examinador Externo
UMBERTO DEMONER RAMOS Examinador Interno

Resumo: A terapia de fotobiomodulação (PBM) tem atraído atenção especial e pode levar a respostas fisiológicas positivas ou efeitos biológicos inibitórios. PBM vêm sendo estudada principalmente no tratamento da Doença Periodontal (DP) que é uma das
condições inflamatórias mais comuns. A relação periodontite-doença sistêmica constitui uma parte importante da pesquisa clínica periodontal. As doenças cardiovasculares, que são um exemplo de doenças agravadas pela DP, podem ser causadas pela hipercolesterolemia, que vem sendo proposta como uma possível ligação entre a inflamação periodontal crônica e a aterosclerose. Sendo assim, este estudo busca avaliar os efeitos da fotobiomodulação por irradiação infravermelha (NIR-PBM) sobre o estresse oxidativo e atividade inflamatória no modelo animal knockout (ApoE-/-) com DP
induzida por ligadura. Foram utilizados camundongos ApoE-/- com idade de 16 semanas e 25-30 g. A indução da periodontite por ligadura foi realizada por um período de quatro semanas. Os animais foram divididos em três grupos experimentais: ApoEC (n=6-8), que não recebeu intervenção; ApoEP (n=6-8), com periodontite induzida; e ApoEP+PBM
(n=6-8), com periodontite induzida e NIR-PBM com densidade de energia de 6 J por sessão (808 nm, onda contínua, ø ~ 3 mm2, 100 mW) por 60 segundos durante sete dias consecutivos. A perda óssea alveolar foi confirmada através da microscopia eletrônica de varredura da mandíbula; a quantificação de espécies reativas de oxigênio (ROS) por
citometria de fluxo; os níveis de colesterol plasmático; atividade inflamatória (níveis de mieloperoxidase) e estresse oxidativo plasmático (peroxidação lipídica) por meio de ensaios bioquímicos. O sucesso da DP induzida por ligadura foi confirmada pela significativa perda óssea alveolar no grupo ApoEP em comparação com o grupo ApoEC. A periodontite aumentou os níveis de colesterol plasmático no grupo ApoEP, em relação à ApoEC. Os animais do grupo ApoEP apresentaram níveis mais elevados de mieloperoxidase (MPO) quando comparados ao grupo ApoEC. Os níveis de ânion
superóxido e peróxido de hidrogênio apresentaram diferenças quando comparados ao ApoEP e ApoEC, mostrando um aumento na produção de ROS em animais com periodontite. Já o grupo ApoEP+PBM apresentou níveis reduzidos quando comparado aos animais do grupo ApoEP, e o grupo ApoEC apresentou níveis de peróxido de hidrogênio menores que o grupo ApoEP+PBM. Níveis mais elevados de peroxidação lipídica foram observados no grupo ApoEP do que no grupo ApoEC e os animais que receberam NIR-PBM tiveram níveis mais baixos do que os animais não tratados,
indicando que a periodontite aumenta o estresse oxidativo, mas o tratamento com PBM diminui esses níveis. Concluímos que em animais hipercolesterolêmicos, o NIR-PBM é eficaz na redução de vários parâmetros sistêmicos envolvidos na progressão e piora da doença periodontal. Além disso, mais estudos com tempos de avaliação mais longos são
necessários para elucidar os efeitos do PBM na periodontite experimental relacionada à hipercolesterolemia.

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