Artigo de professora da Ufes está entre os 10 mais acessados no Journal of Dental Education

Artigo da professora e pesquisadora Raquel Baroni de Carvalho, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), publicado no Journal of Dental Education, foi selecionado entre os 10 mais acessados na lista de 2018 da publicação, que é considerada uma das mais conceituadas revistas científicas americanas na área médico-odontológica.

Com o título “Desenvolvendo educação interprofissional em uma faculdade de Odontologia dos EUA: estabelecendo uma linha de base para seguir em frente”, o artigo resulta de ampla pesquisa realizada durante estagio pós-doutoral da professora em New Orleans, EUA, entre 2016 e 2017, sobre Educação Interprofissional (EIP) e prática colaborativa em saúde.

De acordo com a professora Raquel Baroni, a pesquisa investigou, de forma abrangente, como as escolas americanas de Odontologia buscam formas mais eficazes de introduzir a EIP na formação acadêmica. Os estudos foram desenvolvidos no Centro de Ciências da Saúde da Louisiana State University (LSU Health Sciences Center New Orleans), que é uma universidade pública. No Brasil, segundo Raquel, o Ministério da Saúde lançou em 2017 uma ampla agenda nacional para implementar a EIP no país, mobilizando as universidades brasileiras a partir da publicação “Introdução à Educação Interprofissional”, além do lançamento do Edital Pet-Saúde 2018/Interprofissionalidade.

Projeto no CCS

A pesquisadora diz que o CCS da Ufes foi contemplado com um projeto em parceria com a Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (ET-SUS). O projeto é financiado pelo Ministério da Saúde e será iniciado em abril de 2019, com participação de professores e estudantes dos oito cursos do CCS, além de Psicologia.

Diferentes atividades serão realizadas nas unidades básicas de saúde do município de Vitória, o que permitirá a implantação do currículo interprofissional em saúde, de acordo com as conclusões do grupo de pesquisa da professora Raquel Baroni. Segundo ela, este currículo multiprofissional será o primeiro na Ufes envolvendo estudantes de nove cursos.

Para difundir a EIP, a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) elaboraram uma estratégia regional com base na estrutura da Estratégia Global de Recursos Humanos para a Saúde: Força de Trabalho 2030. A OMS, inclusive, recomenda que as instituições educacionais adaptem suas estruturas organizacionais e modalidades de ensino para promover a EIP e a prática colaborativa. De acordo com a OMS, a prática colaborativa na atenção à saúde ocorre quando os profissionais com diferentes formações prestam serviços integrais e de qualidade aos pacientes, suas famílias e comunidades onde estão inseridos.

As equipes interprofissionais de atenção à saúde devem otimizar suas habilidades para a prestação de serviços de saúde holísticos, centrados no paciente e de alta qualidade. Para a OMS, a EIP é necessária para preparar os profissionais de saúde para iniciativas de colaboração e para responder às necessidades locais de saúde em ambiente dinâmico. “A EIP é uma estratégia muito importante porque eleva a capacitação dos profissionais envolvidos e os resultados fortalecem os sistemas de saúde”, pontua a pesquisadora Raquel Baroni de Carvalho.

Texto: Luiz Vital
Edição: Thereza Marinho

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